domingo, 30 de setembro de 2012

O rio



O Rio

Rio, filho de Deus que corre imponente que
Leva e lava tudo o que é mal...
Que é tão lindo... Seduz ao
Mergulho com seu encanto fatal.

Que bebe a alma dos homens, que a
Toma boca a fora com um beijo terno...
Com suas águas turvas e misteriosas.

Porque teu coração és tão frio, sei que ele
Existe, e de baixo d’água bate.
Os homens ti poluem, e calado
Sofre este ultraje. Os homens tolos
Riem de sua fúria inclemente.

Muitos choram outros sorriem
Contentes, tolos que riem
Da ira de um deus inclemente que
Transborda em fúria em forma de uma enchente.
Sofremos, choramos
Vejo meu povo que o maltratava
Do passivo que corria...

E sofrem a pena d’água que ataca
A plena ira.
Como se sentem sentindo na pele a terra
Virando lama na nossa tão
Bela mesopotâmia?

Tantos anos oprimido e por muito poluído
Rebela-se como enchente revelando a ira de um
Deus inclemente.

Máscara


A borboleta Lilás

A borboleta lilás
 
Meu jardim a bons cuidados deixei,
E para ele veio uma borboleta, que cintilava um delicado lilás.
Encantou-me pela beleza, não sabia sobre ela nada,
Mas no momento tinha certeza que eu nunca tinha visto tão bela borboleta.
Sobre as minhas rosas voava, sobre lindas rosas
Vermelhas, e por um momento pude ver que além
Do lilás lhe tinha violeta.
Passou pelo meu jardim e chegou a minha fonte

Onde pude ver em suas asas detalhes em roxo,
E por tamanha beleza, meu rosto desmanchou em choro.
Quem será aquela borboleta, lilás roxa e violeta
Por onde andou, será que se perguntasse ela me responderia?
Será que veio da lua, por magia ou alquimia?
Meu jardim para essa borboleta está aberto,
E lá vem ela, voando baixo, calma e discreta
Com muita simplicidade trazendo consigo a mim felicidade.
                                                                                                                           Afonso Thiago Moura

Anjo.